Eporatio

Bula do Medicamento - Farmacologia do Remédio

Doença do Sangue

Eporatio, para o que é indicado e para o que serve?

  • Tratamento da anemia sintomática associada à insuficiência renal crónica em doentes adultos.
  • Tratamento da anemia sintomática em doentes oncológicos adultos com tumores não mielóides submetidos a quimioterapia.

Quais as contraindicações do Eporatio?

  • Hipersensibilidade à substância ativa, a outras epoetinas e respetivos derivados ou a qualquer um dos excipientes mencionados.
  • Hipertensão não controlada.

Como usar o Eporatio?

A solução pode ser administrada por via subcutânea ou intravenosa. A via subcutânea é preferível nos doentes não submetidos a hemodiálise , para evitar a punção das veias periféricas. Caso a epoetina teta seja substituída por outra epoetina, deverá ser utilizada a mesma via de administração. Nos doentes oncológicos com tumores não mielóides submetidos a quimioterapia a epoetina teta deve ser administrada apenas pela via subcutânea.

As injeções subcutâneas devem ser administradas no abdómen, braço ou coxa.

Os locais de injeção devem ser alternados e a injeção deve ser realizada lentamente para evitar desconforto no local da injeção.

O tratamento com epoetina teta deve ser iniciado por médicos com experiência nas indicações mencionadas anteriormente.

Posologia do Eporatio


Anemia sintomática associada à insuficiência renal crónica

Os sintomas e sequelas da anemia podem variar com a idade, com o sexo e com a gravidade global da doença; é necessária a avaliação médica da progressão clínica e do estado clínico de cada doente individualmente. A epoetina teta deve ser administrada por via subcutânea ou intravenosa de modo a aumentar o nível de hemoglobina para valores não superiores a 12 g/dl (7,45 mmol/l).

Devido à variabilidade intraindividual associada a cada doente, podem ser observados ocasionalmente para um dado doente valores individuais de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado. A variabilidade da hemoglobina deve ser abordada através de ajustes da dose, tendo em consideração o intervalo alvo para a hemoglobina de 10 g/dl (6,21 mmol/l) a 12 g/dl (7,45 mmol/l). Deve ser evitado um nível constante de hemoglobina superior a 12 g/dl (7,45 mmol/l); são descritas, a seguir, as orientações para o ajuste da dose adequado caso se verifiquem valores de hemoglobina superiores a 12 g/dl (7,45 mmol/l).

Deve ser evitado um aumento de hemoglobina superior a 2 g/dl (1,24 mmol/l) durante um período de 4 semanas. Caso o aumento de hemoglobina seja superior a 2 g/dl (1,24 mmol/l) em 4 semanas ou o valor de hemoglobina seja superior a 12 g/dl (7,45 mmol/l), a dose deve ser reduzida em 25 a 50 %. É recomendado que a hemoglobina seja monitorizada de duas em duas semanas até que os níveis tenham estabilizado e, periodicamente, a partir desse momento. Se os níveis de hemoglobina continuarem a aumentar, o tratamento deve ser interrompido até que os níveis de hemoglobina comecem a diminuir, neste momento o tratamento deve ser reiniciado com uma dose aproximadamente 25 % abaixo da dose previamente administrada.

Na presença de hipertensão ou doença cardiovascular , cerebrovascular ou vascular periférica existente, o aumento da hemoglobina e do nível alvo da hemoglobina deve ser determinado individualmente tendo em consideração o quadro clínico.

O tratamento com epoetina teta é dividido em duas fases.

Fase de correção

Administração subcutânea:

A dose inicial é de 20 UI/kg de massa corporal, 3 vezes por semana. A dose pode ser aumentada após 4 semanas para 40 UI/kg, 3 vezes por semana, caso o aumento de hemoglobina não seja adequado (< 1 g/dl [0,62 mmol/l] no prazo de 4 semanas). Podem ser efetuados aumentos adicionais de 25 % da dose anterior, a intervalos mensais, até que o nível alvo individual de hemoglobina seja atingido.

Administração intravenosa:

A dose inicial é de 40 UI/kg de massa corporal, 3 vezes por semana. A dose pode ser aumentada após 4 semanas para 80 UI/kg, 3 vezes por semana, e podem ser realizados aumentos adicionais de 25 % da dose anterior, em intervalos mensais, se necessário.

Para ambas as vias de administração, a dose máxima não deve exceder 700 UI/kg de massa corporal por semana.

Fase de manutenção

A dose deve ser ajustada, conforme necessário, para manter o nível alvo individual de hemoglobina entre 10 g/dl (6,21 mmol/l) e 12g dl (7,45 mmol/l), tendo em atenção que não deve ser ultrapassado um nível de hemoglobina de 12 g/dl (7,45 mmol/l). Caso seja necessário um ajuste da dose para manter o nível de hemoglobina pretendido, é recomendado que a dose seja ajustada aproximadamente em 25 %.

Administração subcutânea:

A dose semanal pode ser administrada numa injeção por semana ou três vezes por semana.

Administração intravenosa:

Os doentes que se encontrem estabilizados num regime de três vezes por semana podem passar para uma administração de duas vezes por semana.

Caso a frequência da administração seja alterada, o nível de hemoglobina deve ser cuidadosamente monitorizado e poderão ser necessários ajustes da dose.

A dose máxima não deve exceder 700 UI/kg de massa corporal por semana.

Caso a epoetina teta seja substituída por outra epoetina, o nível de hemoglobina deve ser cuidadosamente monitorizado e deve ser utilizada a mesma via de administração.

Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para garantir que é utilizada a menor dose efetiva aprovada de epoetina teta que proporcione um controlo adequado dos sintomas de anemia, mantendo simultaneamente uma concentração de hemoglobina inferior ou igual a 12 g/dl (7,45 mmol/l).

Deve ter-se cuidado ao aumentarem-se gradualmente as doses de epoetina teta em doentes com insuficiência renal crónica. Nos doentes com uma fraca resposta da hemoglobina à epoetina teta devem considerar-se explicações alternativas para a fraca resposta.

Anemia sintomática em doentes oncológicos com tumores não mielóides submetidos a quimioterapia

A epoetina teta deve ser administrada por via subcutânea a doentes com anemia (por exemplo, concentração de hemoglobina ≤ 10 g/ dl [6,21 mmol/l]. Os sintomas e sequelas da anemia podem variar com a idade, com o sexo e com a gravidade global da doença; é necessária a avaliação médica da progressão clínica e do estado clínico de cada doente individualmente.

Devido à variabilidade intraindividual associada a cada doente, podem ser observados ocasionalmente para um dado doente valores individuais de hemoglobina superiores e inferiores ao nível de hemoglobina desejado. A variabilidade da hemoglobina deve ser abordada através de ajustes da dose, tendo em consideração o intervalo alvo para a hemoglobina de 10 g/ dl (6,21 mmol/l) a 12 g/ dl (7,45 mmol/l). Deve ser evitado um nível constante de hemoglobina superior a 12 g/dl (7.45 mmol/l); são descritas, a seguir, as orientações para o ajuste da dose adequado caso se verifiquem valores de hemoglobina superiores a 12 g/ dl (7,45 mmol/l).

A dose inicial recomendada é de 20.000 UI, independentemente da massa corporal, administradas uma vez por semana. Caso, após 4 semanas de tratamento, o valor de hemoglobina tenha aumentado pelo menos 1 g/ dl (0,62 mmol/l), a dose atual deve ser mantida. Caso o valor de hemoglobina não tenha aumentado pelo menos 1 g/ dl (0,62 mmol/l), deve ser considerada a duplicação da dose semanal para 40.000 UI. Caso, após 4 semanas adicionais de tratamento, o aumento de hemoglobina ainda for insuficiente, deve ser considerado um aumento da dose para 60.000 UI.

A dose máxima não deve exceder 60.000 UI por semana.

Caso, após 12 semanas de tratamento, o valor de hemoglobina não tenha aumentado pelo menos 1 g/ dl (0,62 mmol/l), será pouco provável obter uma resposta e o tratamento deve ser descontinuado.

Caso o aumento de hemoglobina seja superior a 2 g/dl (1,24 mmol/l) em 4 semanas ou o nível de hemoglobina seja superior a 12 g/dl (7,45 mmol/l), a dose deve ser reduzida em 25 a 50 %. O tratamento com epoetina teta deve ser temporariamente descontinuado se os níveis de hemoglobina ultrapassarem 13 g/dl (8,07 mmol/l). O tratamento deve ser reiniciado com um valor cerca de 25 % inferior à dose anterior após os níveis de hemoglobina terem diminuído para valores iguais ou inferiores a 12 g/ dl (7,45 mmol/l).

O tratamento deve ser continuado até 4 semanas após a conclusão da quimioterapia.

Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para garantir que é utilizada a menor dose aprovada de epoetina teta que proporcione um controlo adequado dos sintomas de anemia.

Populações especiais

População pediátrica

A segurança e eficácia de Eporatio em crianças e adolescentes até aos 17 anos de idade não foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis.

Quais cuidados devo ter ao usar o Eporatio?

Geral

É recomendada uma terapêutica suplementar de ferro para todos os doentes com valores séricos de ferritina inferiores a 100 µg/l ou com uma saturação de transferrina inferior a 20 %. Para assegurar uma eritropoiese eficaz, os níveis de ferro devem ser avaliados em todos os doentes antes e durante o tratamento.

A ausência de resposta ao tratamento com epoetina teta deve conduzir a uma procura dos fatores causais. As deficiências de ferro, ácido fólico ou vitamina B12 reduzem a eficácia das epoetinas e, consequentemente, devem ser corrigidas. Infeções recorrentes, episódios inflamatórios ou traumáticos, perda de sangue oculto, hemólise, intoxicação por alumínio, doenças hematológicas subjacentes ou fibrose da medula óssea também podem comprometer a resposta eritropoiética. Deve ser considerada uma contagem de reticulócitos como parte da avaliação.

Aplasia eritróide pura (AEP)

Caso tenham sido excluídas as causas típicas para ausência de resposta e o doente apresente uma queda súbita de hemoglobina associada a reticulocitopenia, deve ser considerado um exame dos anticorpos anti-eritropoietina e da medula óssea para diagnóstico de aplasia eritróide pura. Deve ser tida em consideração a descontinuação do tratamento com epoetina teta.

A AEP causada por anticorpos neutralizadores anti-eritropoietina tem sido notificada em associação ao tratamento com eritropoietina, incluindo a epoetina teta. Tem sido demonstrado que estes anticorpos apresentam reação cruzada com todas as epoetinas e os doentes com suspeita ou confirmação de possuírem anticorpos neutralizadores para a eritropoetina não devem passar para epoetina teta.

Para melhorar a rastreabilidade das epoetinas, o nome da epoetina administrada deve ser registado claramente no ficheiro do doente.

Uma diminuição paradoxal da hemoglobina e o desenvolvimento de anemia grave associada a contagens de reticulócitos baixas devem levar à descontinuação do tratamento com epoetina e à realização da análise a anticorpos anti-eritropoietina. Foram notificados casos em doentes com hepatite C tratados com interferão e ribavirina , quando as epoetinas são utilizadas concomitantemente.

As epoetinas não estão aprovadas para o controlo da anemia associada a hepatite C.

Hipertensão

Os doentes submetidos a tratamento com epoetina teta podem sofrer um aumento da pressão arterial ou um agravamento da hipertensão existente em particular durante o início do tratamento.

Como tal, nos doentes tratados com epoetina teta deve ser tida uma precaução especial na monitorização e controlo rigorosos da pressão arterial. A pressão arterial deve ser adequadamente controlada antes do início e durante o tratamento para evitar complicações agudas, tais como crises hipertensas com sintomas de tipo encefalopático (por exemplo, cefaleias, estado de confusão, perturbações do discurso, alterações da marcha) e complicações relacionadas (convulsões, AVC ), que também podem ocorrer doentes com pressão arterial normal ou baixa. Caso estas reações ocorram, necessitam do exame imediato de um médico e de cuidados médicos intensivos. Deve ser dada uma atenção especial a cefaleias súbitas e agudas do tipo enxaqueca como um possível sinal de alarme.

Os aumentos da pressão arterial podem necessitar de tratamento com medicamentos anti-hipertensivos ou do aumento da dose dos medicamentos anti-hipertensivos existentes. Para além disso, é necessário ponderar uma redução da dose de epoetina teta administrada. Caso os valores de pressão arterial permaneçam elevados, pode ser necessária a interrupção temporária do tratamento com epoetina teta.

Depois da hipertensão ter sido controlada com uma terapêutica mais intensa, o tratamento com epoetina teta deve ser reiniciado com uma dose reduzida.

Abuso

O abuso de epoetina teta por pessoas saudáveis pode provocar um aumento excessivo de hemoglobina e do hematócrito. Este facto pode estar associado a complicações cardiovasculares potencialmente fatais.

Monitorização laboratorial

É recomendado que sejam realizados regularmente medições da hemoglobina, hemogramas completos e contagens das plaquetas.

Anemia sintomática associada à insuficiência renal crónica

A utilização de epoetina teta em doentes com nefroangiosclerose que ainda não iniciaram diálise deve ser definida individualmente, dado que não pode ser excluída com certeza uma possível aceleração da progressão da insuficiência renal.

Durante a hemodiálise, os doentes tratados com epoetina teta podem necessitar de aumentar o tratamento anticoagulação para prevenir o entupimento da fístula arteriovenosa.

Em doentes com insuficiência renal crónica, a concentração de manutenção de hemoglobina não deve ultrapassar o limite superior da concentração alvo de hemoglobina recomendada. Em ensaios clínicos, foi observado um aumento do risco de morte e de eventos cardiovasculares graves quando as epoetinas foram administradas para atingir um nível de hemoglobina superior a 12 g/ dl (7,45 mmol/ l). Os ensaios clínicos controlados não indicaram benefícios significativos associados à administração de epoetinas quando a concentração de hemoglobina é aumentada para além do nível necessário para controlar os sintomas de anemia e para evitar transfusão sanguínea.

Deve ter-se cuidado ao aumentarem-se gradualmente as doses de epoetina teta em doentes com insuficiência renal crónica, uma vez que as doses cumulativas elevadas de epoetina poderão estar associadas a um aumento do risco de mortalidade, acontecimentos cardiovasculares e vasculares cerebrais graves. Nos doentes com uma fraca resposta da hemoglobina à epoetina teta devem considerar-se explicações alternativas para a fraca resposta.

Anemia sintomática em doentes oncológicos com tumores não mielóides submetidos a quimioterapia

Efeito sobre o crescimento do tumor

As epoetinas são fatores de crescimento que estimulam principalmente a produção de glóbulos vermelhos. Os recetores de eritropoietina podem ser expressos na superfície de diversas células tumorais. Tal como com todos os fatores de crescimento, existe a preocupação de que as epoetinas possam estimular o crescimento de qualquer tipo de tumor.

Em vários estudos controlados, as epoetinas não demonstraram melhorar a sobrevivência global nem diminuir o risco de progressão tumoral nos doentes com anemia associada a cancro.

Em estudos clínicos controlados, a utilização de epoetinas apresentou:
  • Redução do tempo de progressão do tumor em doentes com cancro avançado da cabeça e do pescoço submetidos a radioterapia quando administradas para atingir um nível de hemoglobina superior a 14 g/ dl (8,69 mmol/ l);
  • Redução da sobrevivência global e aumento dos óbitos atribuídos à progressão da doença aos 4 meses em doentes com cancro da mama metastático submetidos a quimioterapia quando administradas para atingir um valor de hemoglobina de 12-14 g/ dl (7,45-8,69 mmol/ l);
  • Aumento do risco de morte quando administradas para atingir um valor de hemoglobina de 12 g/ dl (7,45 mmol/l) em doentes com doença maligna ativa não submetidos a quimioterapia nem a radioterapia.

As epoetinas não são indicadas para utilização nesta população de doentes.

De acordo com acima descrito, em algumas situações clínicas, a transfusão sanguínea deverá ser o tratamento preferencial para a gestão da anemia em doentes oncológicos. A decisão de administrar eritropoietinas recombinantes deve ser baseada numa avaliação risco-benefício com a participação de cada doente individualmente, que deve ter em consideração o quadro clínico específico. Os fatores que devem ser considerados nessa avaliação devem incluir o tipo de tumor e respetivo estádio, o grau de anemia, a esperança de vida, o ambiente em que o doente está a ser tratado, e a preferência do doente.

Excipientes

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por seringa pré-cheia, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.

Gravidez

A quantidade de dados sobre a utilização de epoetina teta em mulheres grávidas, é limitada (menos de 300 resultados de gravidezes) ou inexistente. Os estudos em animais com outras epoetinas não indicam quaisquer efeitos nefastos diretos no que respeita à toxicidade reprodutiva. Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de Eporatio durante da gravidez.

Amamentação

Desconhece-se se a epoetina teta/metabolitos são excretados no leite humano, mas os dados em recém nascidos não indicam qualquer absorção ou atividade farmacológica da eritropoietina quando administrada conjuntamente com leite materno. Tem que ser tomada uma decisão sobre a descontinuação da amamentação ou a descontinuação/abstenção da terapêutica com Eporatio tendo em conta o benefício da amamentação para a criança e o benefício do tratamento para a mulher.

Fertilidade

Não existem dados disponíveis.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Os efeitos de epoetina teta sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezíveis.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Eporatio?

Resumo do perfil de segurança

Espera-se que aproximadamente 9 % dos doentes apresente uma reação adversa. As reações adversas mais frequentes são hipertensão, doença de tipo gripal e cefaleias.

Lista tabelada de reações adversas

A segurança da epoetina teta foi avaliada com base nos resultados de estudos clínicos que incluíram 972 doentes.

As reações adversas listadas a seguir na tabela 1 são classificadas de acordo com a Classe de Sistema de Órgãos.

As classes de frequência são definidas de acordo com a seguinte convenção:

  • Muito frequentes: ≥ 1/10;
  • Frequentes: ≥ 1/100 a < 1/10;
  • Pouco frequentes: ≥ 1/1.000 a < 1/100;
  • Raros: ≥ 1/10.000 a < 1/1.000;
  • Muito raros: < 1/10.000;
  • Desconhecido: (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).

Tabela 1: Reações adversas

Classe de sistemas de órgãos Reações adversas Frequência
Anemia sintomática
associada à
insuficiência renal
crónica
Anemia sintomática em
doentes oncológicos
com tumores não
mielóides submetidos a
quimioterapia
Doenças do sangue e do sistema linfático Aplasia eritróide pura (AEP)* Desconhecido
Doenças do sistema imunitário Reações de hipersensibilidade Desconhecido
Doenças do sistema nervoso Cefaleias Frequentes
Vasculopatias Hipertensão* Frequentes
Crises hipertensivas* Frequentes
Trombose do shunt* Frequentes
Acontecimentos
tromboembólicos
Desconhecido

Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Reações cutâneas*

Frequentes

Afeções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos Artralgia Frequentes
Perturbações gerais e alterações no local de administração Doença de tipo gripal* Frequentes

*Descrição de reações adversas selecionadas

Em doentes com insuficência renal crónica, foi notificada aplasia eritróide pura (AEP) mediada por anticorpos neutralizantes anti-eritropoietina associada à terapêutica com epoetina teta no enquadramento pós-comercialização. No caso de se diagnosticar uma AEP, tem de se descontinuar a terapêutica com epoetina teta e os doentes não devem mudar para outra epoetina recombinante.

Um dos efeitos indesejáveis mais frequentes durante o tratamento com epoetina teta é um aumento da pressão arterial ou um agravamento da hipertensão existente em particular durante a fase inicial do tratamento. A hipertensão ocorre nos doentes com insuficiência renal crónica com maior frequência durante a fase de correção do que durante a fase de manutenção. A hipertensão pode ser tratada com medicamentos adequados.

As crises hipertensas com sintomas de tipo encefalopático (por exemplo, cefaleias, estado de confusão, perturbações do discurso, alterações da marcha) e complicações relacionadas (convulsões, AVC), que também podem ocorrer em doentes com pressão arterial normal ou baixa.

Pode ocorrer trombose do shunt, especialmente em doentes com uma tendência para a hipotensão ou cujas fístulas arteriovenosas apresentam complicações (por exemplo, estenoses, aneurismas).

Podem ocorrer reações cutâneas tais como exantema, prurido ou reações no local da injeção.

Foram notificados sintomas de doença tipo gripal tais como febre , arrepios e estados asténicos.

Notificação de suspeitas de reações adversas

A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V.

População Especial

Devido à experiência limitada, a eficácia e a segurança de epoetina teta não puderam ser avaliadas em doentes com insuficência da função hepática ou com anemia das células falciformes (drepanocitose) homozigótica.

Em ensaios clínicos, os doentes com idade superior a 75 anos apresentaram uma maior incidência de eventos adversos graves e muito graves, independente de uma relação causal com o tratamento com epoetina teta. Para além disso, os óbitos foram mais frequentes neste grupo de doentes em comparação com doentes mais jovens.

Qual a composição do Eporatio?

Eporatio 1.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

1.000 unidades internacionais (UI) (8,3 µg) de epoetina teta em 0,5 ml de solução injetável correspondendo a 2.000 UI (16,7 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 2.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

2.000 unidades internacionais (UI) (16,7 µg) de epoetina teta em 0,5 ml de solução injetável correspondendo a 4.000 UI (33,3 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 3.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

3.000 unidades internacionais (UI) (25 µg) de epoetina teta em 0,5 ml de solução injetável correspondendo a 6.000 UI (50 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 4.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

4.000 unidades internacionais (UI) (33,3 µg) de epoetina teta em 0,5 ml de solução injetável correspondendo a 8.000 UI (66,7 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 5.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

5.000 unidades internacionais (UI) (41,7 µg) de epoetina teta em 0,5 ml de solução injetável correspondendo a 10.000 UI (83,3 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 10.000 UI/1 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

10.000 unidades internacionais (UI) (83,3 µg) de epoetina teta em 1 ml de solução injetável correspondendo a 10.000 UI (83,3 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 20.000 UI/1 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

20.000 unidades internacionais (UI) (166,7 µg) de epoetina teta em 1 ml de solução injetável correspondendo a 20.000 UI (166,7 µg) de epoetina teta por ml.

Eporatio 30.000 UI/1 ml solução injetável em seringa pré-cheia

Uma seringa pré-cheia contém:

30.000 unidades internacionais (UI) (250 µg) de epoetina teta em 1 ml de solução injetável correspondendo a 30.000 UI (250 µg) de epoetina teta por ml.

A epoetina teta (eritropoietina humana recombinante) é produzida nas Células de Ovário de Hamster Chinês (CHO-K1) através de tecnologia de ADN recombinante.

Apresentação do Eporatio


  • Eporatio 1.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 2.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 3.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 4.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 5.000 UI/0,5 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 10.000 UI/1 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 20.000 UI/1 ml solução injetável em seringa pré-cheia;
  • Eporatio 30.000 UI/1 ml solução injetável em seringa pré-cheia.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Eporatio maior do que a recomendada?

A margem terapêutica da epoetina teta é muito ampla. Em caso de sobredosagem, pode ocorrer policitemia. Em caso de policitemia, a epoetina teta deve ser temporariamente suspensa.

Caso ocorra policitemia grave, os métodos convencionais (flebotomia) podem ser indicados para reduzir o nível de hemoglobina.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Eporatio com outros remédios?

Não foram realizados estudos de interação.

Como devo armazenar o Eporatio?

Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC). Não congelar.

Manter a seringa pré-cheia dentro da embalagem exterior para proteger da luz.

Prazo de validade

Eporatio 1.000 UI/0,5 ml / 2.000 UI/0,5 ml / 3.000 UI/0,5 ml / 4.000 UI/0,5 ml

2 anos.

Eporatio 5.000 UI/0,5 ml / 10.000 UI/1 ml / 20.000 UI/1 ml / 30.000 UI/1 ml

30 meses.

Características do medicamento

A solução é límpida e incolor.

Dizeres Legais do Eporatio

Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Ratiopharm GmbH
Graf-Arco-Straße 3
89079 Ulm
Alemanha

Fabricante
Teva Biotech GmbH
Dornierstraße 10
89079 Ulm
Alemanha